domingo, maio 18, 2014
Com os Autarcas
terça-feira, março 08, 2011
Um pouco da América crioula
domingo, março 07, 2010
Contratados 2
Neste momento, quero que recordemos todos os nossos irmãos que fizeram o caminho longi pa S.Tomé e concluamos que é chegada a hora de uma grande homenagem.
Façamos esse mesmo caminho, agora de livre vontade, com uma grande embaixada cultural, multidisciplinar e pujante. Seria a Semana de Cabo Verde em S.Tomé e Princípe.
Deixo-vos este repto.”
Aliás, julgo que, e muito para além desta questão em concreto, essa intervenção do Senhor Primeiro Ministro é um substancial contributo para o bom entendimento do muito que ainda temos por fazer no domínio da Cultura. Para re-visitar esse texto, aqui.
Contratados

Mais do que expressivo o título que Guenny Pires deu ao seu mais recente trabalho: Contrato. Um filme-documentário sobre o drama da emigração forçada de cabo-verdianos para São Tomé e Princípe. Os excertos agora colocados no YouTube dão uma ideia do valor desta obra de Guenny. Ver aqui.
Ou muito me engano a problemática da comunidade cabo-verdiana nesse país irmão é algo que continua a reclamar a devida atenção na agenda nacional.
sexta-feira, agosto 14, 2009
A visita de Hillary. E a listinha

Um aspecto apenas desejo destacar. Disse a Senhora Clinton que, dos sete países por ela visitados, o nosso é o único onde a lista de coisas boas é maior do que a da coisas menos boas. Bravo! É excelente ouvir isso. Agora, como é sempre bom gerir o estado de (auto) contentamento, convem agora reflectir sobre essa tal pequena lista de aspectos negativos. Certamente que eles foram abordados à porta fechada, não sendo todavia difícil imaginar o que é que está em causa. Uma listinha de things to do, afinal.
Que hoje foi um grande dia, lá isso ninguém pode, com seriedade, negar.
E, claro, há já algum tempo que não via Hillary Clinton tão radiante. Mais uma amiga das ilhas? Tudo indica que sim.
segunda-feira, agosto 10, 2009
Hillary nas ilhas

Temas que, aliás, desdobram o objectivo desta missão africana da Senhora Clinton: “demonstrar o engajamento dos Estados Unidos numa Parceria com a África que se baseie na responsabilidade e no respeito mútuos” (conforme um Comunicado do Departamento de Estado).
Na parte que nos cabe, e descontada essa nossa patética mania de fazer pequenas guerrilhas em torno de matérias de interesse nacional, esta próxima visita da Chefe da Diplomacia dos Estados Unidos reveste-se de uma enorme importância. No plano das relações bilaterais e do que, a este nível, eventualmente caia na lógica do interesse nacional americano, mas igualmente para o nosso leverage na arena internacional. O essencial do que possa acontecer em seguida dependerá em muito de nós mesmos.
Para todos os efeitos, Cabo Verde fica associado ao lançamento do road map com o qual a Administração Obama sublinha a prioridade que atribui à África. Lançamento esse iniciado pelo próprio presidente Barack Obama, com a sua primeira e ainda muito recente deslocação ao continente, e agora empurrado mais além pela sua Secretária de Estado, Hillary Clinton.
De resto, como que nos é feito um convite para olhar mais para fora. Ser mais ousados. Fazer valer os créditos que decorrem do espantoso percurso cabo-verdiano nestes trinta e quatro anos de Independência.
E este é um ponto que tenho referido desde há muito, designadamente, e muito a título de exemplo, no que toca ao nosso desempenho em matéria de Direitos Humanos. De algum modo, até parece que nos deixamos tolher por uma excessiva modéstia.
Por certo que tal tem também a ver com um re-desenho do nosso tabuleiro diplomático, mas isto são contas de um outro rosário.
Retomando o fio, não é todos os dias que as ilhas recebem uma visitante de tão elevado nível. Pelo cargo que ocupa, pela concretíssima Administração que representa, mas também por aquilo que Hillary Clinton é: uma figura política de primeiríssima água.
(Ainda há pouco vi a prestação dela no GPS de Fareed Zakaria, edição especial a partir de Nairobi).
Saibamos recebê-la!
Quanto ao mais (ao menos, melhor), convenhamos, é compreensível a ciumeira que anda aí pela vizinhança...
segunda-feira, maio 04, 2009
Blog Joint: Nós e as nossas línguas

Antes de mais, creio ser uma enorme felicidade o facto de dispormos de duas línguas: o Crioulo e o Português. Trata-se de um traço fundamental da nossa riqueza enquanto Nação.
É um pouco como na música “Bilingual Girl” dos Yerba Buena: “two tongues are better than one.”
Ora bem. A questão é: a quantas andamos em relação a ambas?
No que ao Crioulo diz respeito, já levamos vários anos a, se assim posso dizer, engonhar. Isto é um facto. E é um facto que torna ainda mais meritória a acção daqueles (poucos ainda) que têm sido constantes na defesa e promoção da nossa língua materna.
Através de um post ainda recente, exprimi satisfação pela forma como o Projecto de Revisão Constitucional do GP do PAICV trata esta matéria. Na verdade, espero que a Revisão Constitucional venha a ser um ganho substancial para o Crioulo.
Que é como quem diz, para os Direitos Linguísticos da maioria dos cabo-verdianos. E este é o ângulo pelo qual gosto de perceber esta problemática. A cada dia que passa, fica mais indefensável tanta hesitação face à língua que está na essência mesma da Nação e do seu dia a dia.
(procurei referir-me a este ponto na Conferência Nacional dos Direitos Humanos, em Junho de 2003)
Enquanto o Legislador hesita e se atrasa, o Crioulo vai estando cada vez mais à frente e mais pujante. Basta ver o contributo dos nossos músicos e a forma como a juventude elegeu o Crioulo para as suas relações com as (ou através das) novas tecnologias. O que vale por referir as pontes para o futuro.
E isto é um sinal fortíssimo.
Por falar em sinais, seria bom verificar-se um decidido aumento da utilização do Crioulo no chamado discurso oficial ou formal.
Por exemplo, muito bom seria que o alto dignitário que for representar o país no debate geral da próxima sessão da Assembleia Geral da ONU proferisse a sua intervenção em Crioulo. Ainda que parcialmente. Nada impede (regimentalmente) que tal possa acontecer. Querendo, tudo o mais são acertos práticos.
Com o que não estou a perder de vista que, se bem ajuízo, o desafio crucial está ao nível da Educação.
É aqui, para lá dos feitos no plano legal, maxime constitucional, o terreno decisivo para o avanço do Crioulo.
Claro está, esse é, igualmente, o terreno incontornável para a melhoria da nossa prestação relativamente a essa outra nossa língua, o Português. Neste particular, permito-me a veleidade de ser enfático: estamos mal! Já o disse antes, aliás. Por exemplo, em 2003, na cerimónia de atribuição do nome do Dr. Manuel Duarte à principal sala de leitura da Biblioteca Nacional), exprimi-me assim: “parece que fazemos galhardia de um como que descaso na utilização da língua que temos como oficial, e isto mesmo por parte de sujeitos que, pela sua profissão ou pelo seu papel na sociedade, deveriam impor-se algum cuidado ou alguma autovigilância”.
Ou seja, a impunidade com que se vai dizendo/ escrevendo barbaridades!... Ou seja ainda, a tranquilidade com que se vai apunhalando a língua portuguesa!... Magro consolo sacudir os ombros, dizendo que acontece o mesmo noutras paragens...
E vou concluir, apontando mais um aspecto. Este: creio que, para o nosso bom desempenho enquanto comunidade, é fundamental fazermos uma aposta muito clara em relação a, pelo menos, uma língua (estrangeira). Bastaria reparar no que acontece no “mercado global” e a escolha seria logo para o Inglês. No essencial, parece que temos de poder definir metas (temporais), pensando nos mais jovens.
Que nisso das línguas nem sempre fica bem encomendar “idioma de vaca”!...
segunda-feira, abril 20, 2009
sexta-feira, abril 17, 2009
Insolência

terça-feira, abril 14, 2009
segunda-feira, abril 06, 2009
Blog Joint: desemprego qualificado?

Estamos nesse ponto? Não creio.
O que não quer dizer que os nossos jovens licenciados não tenham problemas. Com certeza que já os têm. Quem é como quem diz, o país já os tem.
Alarmistas! Mensageiros da desgraça! – exclamarão alguns, designadamente os guardiães da Graça.
Ora. Parece evidente que o nosso mercado não é suficientemente grande (elástico) para absorver todos os licenciados que vamos tendo. Seja do lado do sector público, seja do do privado (porventura mais daquele do que deste), sempre se soube que a margem de absorção se iria estreitando.
Evidente também que não estamos imunes aos problemas que ora, forte e feio, afligem a comunidade internacional e, por conseguinte também, o mercado do trabalho. Eles são uma má notícia para todos.
Por mais almofadas que se proporcione para amolecer os efeitos da crise (que é real e é globalizada), a verdade é que, muito por exemplo, a criação de postos de trabalho deixa de acontecer ao ritmo que seria desejável. Mesmo a manutenção de alguns deles fica em perigo.
O certo é que, retrospectivamente, para algumas áreas (mais tradicionais) o alarme foi soando mais cedo. Ou seja, com o passar dos anos o acesso ao primeiro emprego foi deixando de ser tão óbvio para quem tivesse (tenha) uma licenciatura. Foi deixando de ser tão natural conseguir o emprego que se foi idealizando durante os anos de estudos. Neste sentido, digamos que o canudo foi perdendo os seus poderes mágicos.
Ainda recentemente, aquando do Joint sobre o Ensino Superior, tive por pertinente referir a necessidade de uma aposta na qualidade que, igualmente, permita assegurar níveis de competitividade noutros mercados onde as fasquias estarão um pouco mais acima. Temos de poder ir para lá das nossas fronteiras. Garantindo, à partida, essa tal marca de qualidade.
Por outro lado, nunca tivemos (e continuamos a não ter) uma como que estratégia para beneficiar de lugares em organizações internacionais de que o nosso país é membro. Feitas as contas, os que por lá andam serão uns poucos. Quando há países que, neste particular, nunca dormiram na forma.
No geral, importa saber onde estamos, efectivamente.
Quais as true colors desse tal desemprego de jovens licenciados? Que sectores estarão saturados? Haverá um ou outro que, pelo contrário, esteja carente ou mais carente? Se sim, por que razão? A quantas andamos em termos de formação dita técnica? Será que a produção de licenciados tem em conta os sinais do mercado?
Certamente que não estamos no vermelho. Mas teremos de esperar por ele? Certamente também que estes problemas já foram vividos, ou estão a ser vividos, por outros países. Importa ver essas experiências.
Ou muito me engano ou este é um tema que directamente tem a ver com o futuro do país. Com o presente, melhor.

segunda-feira, março 23, 2009
Blog Joint: Utilizando o que já temos

Pois que a verdade é que fomos perdendo as praças. E a elas a nós.
O caso da da Praia é paradigmático.
Adiante.
Ora, se formos fazer um levantamento de espaços públicos aproveitáveis para fins culturais, desportivos e outros que decorram, por exemplo, de agendas do associativismo, certamente que acabaremos por ter um bom pacote deles. Alguns já terão sido utilizados nesse contexto, outros nunca, outros estarão fechados, seja porque carecem de obras, seja por mero desleixo.
Desde este ângulo da utilização (melhor: da possiblidade de ser utilizado), certamente que há espaços adormecidos, assim como que à espera de algum toque que os faça estremecer. Ano vai, ano vem.
Mas, e meramente a título exemplificativo, pergunto: quantos átrios de instituições públicas terão já acolhido manifestações culturais? Algo assim como exposições, concertos, apresentação de livros ou discos, palestras...
Lembro-me de que, aquando da sua inauguração, o Palácio das Comunidades, aí na ASA, foi “entregue” à comunidade local, numa perspectiva de interacção. Tem isso acontecido? Tem essa zona tido algum benefício (retorno cultural, por exemplo) do facto de ter essa instituição aí no seu seio?
Quem é que ainda se recorda de que a ópera Crioulo (que no próximo dia 27 subirá aos palcos do CCB, em Lisboa) teve a sua primeira versão apresentada na Rua de Lisboa, no Mindelo, e no largo do Memorial a Amílcar Cabral, na Praia? Isto em 2003, salvo erro. Estive nessas duas circunstâncias e vi que essas duas grandes salas se portaram lindamente.
Estarão já esquecidos os tempos áureos do Parque 5 de Julho? Por certo, a primeira experiência de um grande espaço multi-funcional naquele Cabo Verde ainda bastante jovem. Será assim tão complicado dar vida a esse magnífico património (relativamente) abandonado?
E pego neste ponto para dizer o seguinte: porventura a pedra-de-toque de um novo tempo na utilização dos espaços públicos pertença aos cidadãos. Às organizações em que eles estejam congregados. Enquanto titulares de verdadeiras agendas de animação (cultural, desportiva, cívica...).
Os Municípios farão a diferença na medida em que souberem estabelecer pontes com essa Cidadania ávida de animação, ou, se se preferir, de saudável ocupação dos tempos livres. Ávida e disponível, cabe aditar.
Certamente que há o outro lado da moeda. O Chefe, Chefinho ou Chefão de serviço ou plantão tem de estar culturalmente sintonizado com esse dever de disponibilização do património público. Dizendo melhor: enriquecimento do património público pela via de utilizações outras, se calhar não muito óbvias logo à primeira. E o que digo sobre a sintonia cultural também vale para outros domínios, pois com certeza.
Mas mais: tendo o Estado vindo a ceder edíficos públicos a determinadas instituições, cumpre estar atento e ir perguntando se estas vêm devolvendo algo à comunidade nacional. Ou se as portas estão trancadas. Trancas por trancas, ficam as chaves com o Estado. Ou este há-de entregá-las a outros que façam por merecê-las.
Penso que o caso da Fundação Amílcar Cabral é meritório e deve ser louvado.
Penso ainda que há decisões que deveriam ser re-ponderadas. Caso do Quartel Jaime Mota. Continuo a entender que, neste particular, o interesse cultural deveria (deve) falar mais alto, em benefício do Museu Nacional que para aí chegou a estar projectado. Será já tarde para emendar a mão? É evidente que é preciso fincar o pé, fazer barulho.
Quanto mais me detenho sobre este tipo de assuntos, mais me convenço de que vivemos de tal forma um tempo de sanha por valores (mais) palpáveis que o barulho por certos sectores (Cultura e Desportos à cabeça) tem de ser mesmo barulho. Ou seja, a reacção institucional-pública em favor desses sectores está ainda longe de ser algo, digamos, automático, natural. Convenhamos: há ainda muitas paredonas por arrombar.
Participam neste debate: Bianda, Ku Frontalidadi, Tetrakacia, Cafe Margoso, Geração 20J73, Blogue di Nhu Naxu, Tempo de Lobos, Pedrabika, O Jornal da Hiena, Nos Blogue.

quinta-feira, março 12, 2009
segunda-feira, março 09, 2009
Blog Joint: auto-censura? Não, obrigado!

Entre nós, a moda tem sido uma muito outra: nos momentos e nos locais apropriados calamo-nos (ou, pior ainda, dizemos apenas o que pensamos ser conveniente ou “correcto”, conforme os interlocutores) e vamos, tal como numa bravata adolescente, dar tarefa à língua nas esquinas e nos botecos. Ou então guardamos a ronha e ficamos à espera do propício lusco-fusco para desferir uma patada traiçoeira. Anónima, q.b.
Ainda nos anos noventa escrevi sobre esta nossa marca, esta nossa forma de (ser e) estar.
Somos uma sociedade muito propensa a covardias, grandes e pequenas.
A chamada auto-censura é uma delas. Objectivamente.
Ou seja, podemos até ouvir/ ponderar as razões que uns e outros terão, ou crêem que têm, para estar nas águas da auto-censura, mas o certo é que esta é o que é.
Após tantos anos de Indepêndencia e outros, já não poucos, de Liderdade e Democracia, o facto de tal prática existir no nosso seio constitui, inegavelmente, uma nódoa.
E urge que ela seja, digamos, lavada.
Se o lápis azul é terrível, muito mais ainda o é o exercício da censura sobre a própria pessoa, sobre si mesmo.
Dito de outro, não seremos uma sociedade plenamente democrática enquanto for possível registar (registo que é por nós feito, mas também o é por instituições internacionais que nos observam e “avaliam”) que há cidadãos que não dizem ou não escrevem o que pensam, por medo de represálias ou por outra razão menos nobre. O facto, por si só, é grave.
E, se isto é assim para todos os cidadãos, nestes vão naturalmente incluídos aqueles que têm na palavra o seu instrumento de trabalho.
Ainda recentemente, ao intervir na cerimónia de inauguração da Casa da Imprensa, o Senhor Primeiro Ministro fez questão de recordar o quanto esta problemática apoquentou o Executivo logo em 2001. Lembro-me de como ele próprio, enquanto Chefe do Governo, ia dizendo e repetindo: preferimos os eventuais excessos da Liberdade na Comunicação Social a um clima de mordaças e de medo de dizer (neste momento, não tenho presente as palavras exactas, mas a ideia é mais ou menos esta, creio).
Naturalmente que muita coisa mudou, neste intervalo. Mas não cabe aqui fazer balanço, neste momento.
O que me interessa, no enfoque do tema de hoje, é isto: o que é que falta fazer para que a auto-censura deixe de existir, de vez?
Quanto a esse tanto que falta fazer, será ele tarefa do Governo? Será terefa exclusiva do Governo? Não terá o Governo já feito a sua parte? Qual a responsabilidade que cabe a cada um, individualmente, no sentido de se colocar, a tempo inteiro, no tabuleiro quotidiano da Liberdade (da palavra)?
Porventura seria útil olhar para o Cabo Verde que fomos tendo em diferentes momentos da nossa história e ver que, se foram vencidas as tormentas do passado (que a liberdade de dizer nem sempre existiu!), também não há razão para não enfrentar e vencer eventuais gongons que existam por aí. Ou seja, a haver gongons, que sejam... verdadeiros. Disparate meu: ia dizer de carne e osso... Mas nunca meras criações para servir de escudo a esta ou aquela insuficiência ou fraqueza nas canelas.
Enfim... Tópicos apenas para algum, breve que seja, matutar.
Julgo que seria bom prestar atenção à experiência da Blogosfera Crioula. No contributo que tem vindo a dar para ajudar a empurrar a causa da Liberdade e da Cidadania.
Com um que outro entorse ou exagero, mas empurrando sempre. Que tem de ser assim.
Por mim, sempre vou perguntando aos meus botões: acaso a auto-censura não estará a paredes-meias com uma como que (não)cultura do medo? Se sim, temos algum interesse nisso? Não creio. Ou melhor: se há algum medo, urge espantá-lo.
Nos tempos da meninice ouvíamos dizer que medo é barriga fórte. Ora pois! Em matéria de Liberdade (da palavra), a fome tem ser insaciável. A barriguinha colada às costas, com um permanente ronco de dublidade.
Participam neste debate do Blog Joint: Bianda, Ku Frontalidadi, Tetrakacia, Café Margoso, Geração 20 J 73, Blog di Nhu Naxu, Tempo de Lobos, Pedrabika, O Jornal da Hiena, Nos Blogue.
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Blog Joint: Segurança ou o KOB dos nossos dias

Pois que, em matéria de (in)segurança, há já alguns anos que o nosso país perdeu a inocência.
Já não é aquele arquipélago de tranquilidade pública em que muitos de nós ainda crescemos. Nem poderia ser, é evidente.
Passámos a ser uma socieadade (irremediavelmente) violenta? Não creio.
Um dos sinais dessa maior complexidade vem-nos justamente dos lados da criminalidade (ou da segurança pública).
Da criminalidade urbana, para ser mais preciso. A qual tem causas várias, já se sabe. Ou seja, são vários os caminhos que levarão à correcta compreensão do que estará por trás dessa criminalidade, e designadamente daquela que é protagonizada por jovens.
Apesar das medidas tomadas e/ou anunciadas pelos poderes públicos.
Mais do que dados estatísticos (números, fluxogramas, power-points), o decisivo é que os cidadãos se sintam seguros.
Ou seja, e continuando: está ganha a batalha pela segurança? Longe disso!

O certo é que as medidas de política pública têm de produzir efeitos duradouros, que é como quem diz: com uma perspectiva de futuro. Pelo que o investimento político tem de continuar. De resto, quenquer que analise a evolução do esforço financeiro público neste domínio da luta contra a criminalidade há-de concluir que esse investimento tem sido sincero.
A questão é a de saber por que razão os efeitos esperados tardam a acontecer.
Dito de outro modo, a segurança, pela sua importância e delicadeza, não deve ser um tópico mais na guerrilha político-partidária. Antes deve ser entendida como uma batalha de todos. E designadamente quando se impoe alguma serenidade para re-visitar as políticas e/ou abordagens que, pelos vistos, não estão a surtir efeito (com o ritmo que se impoe). A começar pelas bandas da inserção social. Ou melhor: da coesão social.
Aliás, como é patética essa conversa com ares de “científica” segundo a qual a insegurança prejudica a imagem externa do país e, upppssss, o turismo!...
E quem for “imagem interna”? E quem não for turista? No Country for Locals?
Convenhamos: os primeiros e principais beneficiários da segurança (da tranquilidade pública) têm de ser os que vivem no país, dia a dia, noite a noite.
Que a segurança também cabe nesse carrinho-de-compras que se chama bem-estar para todos!
Digamos que, “por vezes”, o discurso político é descuidado, pouco auto-vigilante.
Falta de vigilância essa que também se revela quando se reduz a (in)segurança a uma questão de polícia.
Se fosse, não haveria jamais polícia que chegasse...
E estaria um país todo a combater os efeitos. Ingloriamente.
Nesse tal combate multi-facetado pela segurança, certamente que faz falta, por exemplo, mais iluminação pública, mas igualmente mais algumas lâmpadas ao pé de certos resident-talkers.
Participam neste debate do Blog Joint os seguintes confrades:
Bianda
Ku Frontalidadi
Teatrakacia
Cafe Margoso
Geração 20j73
Blog di Nhu Naxu
Tempo de Lobos
Pedrabika
O Jornal da Hiena
NosBlogue
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Moratória

segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Blog Joint: Turismo: sol, praias & algo mais

Ao dizer isto, estou a pensar no nível de procura e na forma/intensidade com que as ilhas são referidas/ catalogadas/”vendidas” no estrangeiro. Já há uma procura. Daqui a nada tentarei dizer algo sobre a oferta, mas, neste ponto, quero referir o seguinte: sendo Cabo Verde um destino turístico, naturalmente que este facto exerce pressão sobre o país, a diferentes níveis. Estamos preparados? Fomo-nos preparando? Não se pode negar que, neste domínio, o avanço é grande e aconteceu a um ritmo deveras acelerado. Com falhas? Certamente que sim. Será possível fazer melhor doravante? Acreditemos que sim e façamos por isso. A este título, instrumentos fundamentais são as Sociedades de Desenvolvimento Integrado.

Neste debate do Blog Joint participam os seguintes confrades:
Bianda
Ku Frontalidadi
Teatrakacia
Café Margoso
Geração 20 J 73
Blogue di Nhu Naxu
Tempo de Lobos
Pedrabika
O Jornal da Hiena