Na berlusconiana Itália decidiu-se agora criar brigadas de cidadãos para perseguir delinquentes. E, já se vê, a fotografia de delinquente coincide com a do imigrante irregular. Do indesejado.
Mais um daqueles casos em que o Estado se revela despido de referências, de todo em todo desligado daquele mínimo ético (Bobbio, claro) que, afinal, o torna uma pessoa de bem.
E é espantoso como, por essa Europa de muralhas, se vai insistindo em esquecer lições que deveriam ter sido aprendidas, de uma vez por todas, em períodos tenebrosos de um passado ainda recente!...
Aliás, esta criação de brigadas é um velho propósito dos da Liga do Norte que agora conseguiram empurrar para forma de lei.
Será que, a mais de estar ligados, por telemóvel, a uma como que central de denúncias, os rondeiros usarão fardas próprias (camisas negras?)? Terão alguma faixa nos braços? Algum emblema ao peito? Ou serão uma espécie de MIB equipados com sofisticados detectores... de Imigrantes?
Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, se insurge contra “a odiosa conexão entre criminalidade e imigrantes”, o Vaticano considera que a instituição das rondas por cidadãos constitui “uma abdicação do Estado de Direito”.
Mais um daqueles casos em que o Estado se revela despido de referências, de todo em todo desligado daquele mínimo ético (Bobbio, claro) que, afinal, o torna uma pessoa de bem.
E é espantoso como, por essa Europa de muralhas, se vai insistindo em esquecer lições que deveriam ter sido aprendidas, de uma vez por todas, em períodos tenebrosos de um passado ainda recente!...
Aliás, esta criação de brigadas é um velho propósito dos da Liga do Norte que agora conseguiram empurrar para forma de lei.
Será que, a mais de estar ligados, por telemóvel, a uma como que central de denúncias, os rondeiros usarão fardas próprias (camisas negras?)? Terão alguma faixa nos braços? Algum emblema ao peito? Ou serão uma espécie de MIB equipados com sofisticados detectores... de Imigrantes?
Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, se insurge contra “a odiosa conexão entre criminalidade e imigrantes”, o Vaticano considera que a instituição das rondas por cidadãos constitui “uma abdicação do Estado de Direito”.
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