segunda-feira, setembro 22, 2008

A Confissão

A Confissão, confesso, não vi.”
Pois é. Nesta madrugada, escrevendo sobre um muito outro assunto, veio-me à memória esta frase que é, porventura, a mais deliciosamente contudente alguma vez escrita para um periódico nacional, neste transcurso do pós-Independência. Claro está, aqui fica o meu aceno de respeito pelo Autor da mesma.
Tempos outros, aqueles. Hoje em dia tudo parece tão fácil e evidente. Tão adquirido.
Valeria a pena que alguém recordasse o episódio que esteve na origem dessa frase, ou melhor, do texto que a contem e que veio publicado no jornal Voz di Povo.
Por estas e outras, tenho por instrutivo o período em que passei por esse jornal, nos finais de 70, arrancos de 80. De algum modo, ele era um quarto com vista sobre a Praça.
O VP funcionava no primeiro andar do edíficio que é, hoje, o Palácio da Cultura Ildo Lobo.
Refiro-me ao sentido crítico que lá dentro havia, à apetência para a liberdade do verbo e, sobretudo, a essa marca de elevação que é a ironia.
Quanto ao filme de Costa-Gavras, esse, já não é tão appealing como foi naquele tempo. Fruto proíbido…

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