Eden à l`Ouest é o filme de Costa-Gavras (na foto) com o qual, bem em grande, desce o pano sobre o Festival de Cinema de Berlim (Berlinale).
Uma beleza de filme! Atentamente seguido pela numerosa plateia e, no final, brindado com uma reconhecida salva de palmas.
Dizer que esta obra aborda a temática da emigração clandestina seria, de algum modo, dizer pouco. Redutor, ao fim e ao cabo. Esse será, quero crer, o núcleo para uma pluralidade de temas que fluem com naturalidade e subtileza ao longo do filme, inquietando o espectador. Pois que com verdadeira mão de Mestre a obra é construída! A natureza humana e as suas fragilidades e momentos de grandeza, as humilhações e a vontade de vencer na vida, o Estado da abundância e os seus medos e contradições, a indiferença perante o sofrimento alheio, enfim...
E é fortíssimo o facto de a personagem central praticamente não falar. Entre a incompetência linguística e a sucessão dos acontecimentos, Elias (assim se chama essa personagem) é um quase-mudo. Mas é ele o “dono” desta odisseia relatada. Uma odisseia que é, afinal, igual a tantas outras que têm acontecido e continuam a acontecer nesta dolorosa busca (que, infelizmente, continua) do Ocidente.
Há algo de auto-biográfico neste filme? Talvez. O certo é que ele é um testemunho poderoso, bem à altura de alguém com o percurso (o engajamento) de Costa-Gavras.
É tão bom quando se sai da sala de cinema com essa inconfundível marca de gratificação interior!...
Uma beleza de filme! Atentamente seguido pela numerosa plateia e, no final, brindado com uma reconhecida salva de palmas.
Dizer que esta obra aborda a temática da emigração clandestina seria, de algum modo, dizer pouco. Redutor, ao fim e ao cabo. Esse será, quero crer, o núcleo para uma pluralidade de temas que fluem com naturalidade e subtileza ao longo do filme, inquietando o espectador. Pois que com verdadeira mão de Mestre a obra é construída! A natureza humana e as suas fragilidades e momentos de grandeza, as humilhações e a vontade de vencer na vida, o Estado da abundância e os seus medos e contradições, a indiferença perante o sofrimento alheio, enfim...
E é fortíssimo o facto de a personagem central praticamente não falar. Entre a incompetência linguística e a sucessão dos acontecimentos, Elias (assim se chama essa personagem) é um quase-mudo. Mas é ele o “dono” desta odisseia relatada. Uma odisseia que é, afinal, igual a tantas outras que têm acontecido e continuam a acontecer nesta dolorosa busca (que, infelizmente, continua) do Ocidente.
Há algo de auto-biográfico neste filme? Talvez. O certo é que ele é um testemunho poderoso, bem à altura de alguém com o percurso (o engajamento) de Costa-Gavras.
É tão bom quando se sai da sala de cinema com essa inconfundível marca de gratificação interior!...
2 comentários:
Jorge,
não vite o documentário sobre a fome do José Padilha (Tropa de Elite) intitulado "Garapa"?vale a pena...disse a critica.Estou a espera pela estreia nos cinemas...abraço
Edy,
Garapa? Nem vê-lo. Não consegui. Shame on me! Logo que consiga, falamos sobre.
Abraço,
J.
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