Alexandr Solzhenitsyn faleceu neste Domingo, 3. Contava 89 anos de idade. Prémio Nobel da Literatura em 1970, deu-nos, no tempo certo, esse monumento de coragem e integridade que é O Arquipélago de Goulag. Ele que sofreu na própria pele, durante oito anos, o sistema prisional estalinista, daí resultando esse relato que é Um Dia na Vida de Ivan Denisovich, seu primeiro livro (1962). Ele que foi forçado ao exílio por longos vinte anos, tendo regressado ao seu país natal em 1994, já nesta nova Rússia que, aliás, o recebeu com todas as honrarias. Nesse mesmo ano, fez questão de afirmar, perante a Duma, em Moscovo, que a Rússia do post-comunismo não era ainda uma democracia. Foi uma voz crítica até ao fim. Acredito que quenquer que tenha um pingo de cometimento com a Liberdade tem também algum sentimento de gratidão para com esse escritor agora falecido. Pergunto-me se os jovens de hoje se dão ao trabalho de ler livros como os de Solzhenitsyn.
E creio que fica bem, neste blog de passageiro, recordar estas breves palavras dele: “tenha apenas o que pode carregar consigo; aprenda línguas, visite países, conheça pessoas. Deixe que a sua memória seja o seu saco de viagem”.
E creio que fica bem, neste blog de passageiro, recordar estas breves palavras dele: “tenha apenas o que pode carregar consigo; aprenda línguas, visite países, conheça pessoas. Deixe que a sua memória seja o seu saco de viagem”.
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