Por aquilo que tenho podido saber do percurso de Paulo Mendes, ele está plenamente legitimado para sublinhar, como, aliás, ele muito bem o faz aqui, o valor intercultural da Medalha de Ouro ganha, em Pequim, por Nelson Évora.
Penso que Cabo Verde devia regozijar-se com essa Medalha, sem nenhum tipo de acanhamento. Antes com muito orgulho. Os feitos dos crioulos por esse mundo fora são feitos desta Nação Global de que fazemos parte. E, felizmente, há cada vez mais crioulos a atingir patamares de nomeada nos países para os quais os seus pais ou avós foram obrigados a emigrar. E assim é, e continuará a ser, em domínios tantos que não apenas o dos Desportos.
Bom seria que tivessemos condições para que todos os nossos atletas (querendo! Pois que há aqueles que não o querem, e não podemos ficar melindrados por causa desse seu exercício de liberdade) fossem às arenas desportivas internacionais sob a bandeira nacional. Não as temos. Ainda. Tê-las-emos, um dia. Encurtar a distância que nos separa dessa meta colectiva deveria merecer o empenhamento de todos. Pessoalmente, tenho uma avaliação muito crítica das vacilações relativamente a impulsos de fundo neste domínio, mas este não é o contexto apropriado para exprimi-las.
Nelson Évora é um héroi português. É, igualmente, um héroi crioulo. Deve ser celebrado como tal. E não me consta que alguma vez ele tenha negado a herança cultural dos seus maiores. Em Cabo Verde, já devíamos ter aprendido que as bandeiras podem ser contingenciais ou precárias… Digo isto com a mesma convicção com que tenho defendido que, nós que sempre fomos uma Nação de partidas, devemos aprender a ser uma nação de bom acolhimento para aqueles que chegam à soleira das nossas ilhas. É o outro lado desta tolerância de que nem sempre damos devida prova.
Penso que Cabo Verde devia regozijar-se com essa Medalha, sem nenhum tipo de acanhamento. Antes com muito orgulho. Os feitos dos crioulos por esse mundo fora são feitos desta Nação Global de que fazemos parte. E, felizmente, há cada vez mais crioulos a atingir patamares de nomeada nos países para os quais os seus pais ou avós foram obrigados a emigrar. E assim é, e continuará a ser, em domínios tantos que não apenas o dos Desportos.
Bom seria que tivessemos condições para que todos os nossos atletas (querendo! Pois que há aqueles que não o querem, e não podemos ficar melindrados por causa desse seu exercício de liberdade) fossem às arenas desportivas internacionais sob a bandeira nacional. Não as temos. Ainda. Tê-las-emos, um dia. Encurtar a distância que nos separa dessa meta colectiva deveria merecer o empenhamento de todos. Pessoalmente, tenho uma avaliação muito crítica das vacilações relativamente a impulsos de fundo neste domínio, mas este não é o contexto apropriado para exprimi-las.
Nelson Évora é um héroi português. É, igualmente, um héroi crioulo. Deve ser celebrado como tal. E não me consta que alguma vez ele tenha negado a herança cultural dos seus maiores. Em Cabo Verde, já devíamos ter aprendido que as bandeiras podem ser contingenciais ou precárias… Digo isto com a mesma convicção com que tenho defendido que, nós que sempre fomos uma Nação de partidas, devemos aprender a ser uma nação de bom acolhimento para aqueles que chegam à soleira das nossas ilhas. É o outro lado desta tolerância de que nem sempre damos devida prova.
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