segunda-feira, maio 12, 2008

Senhor Marsalis

Foi graças ao Embaixador Luís Fonseca, jazzista sazonado e meu amigo de há longa data, que me chegou às mãos o primoroso álbum Wynton Marsalis live at the House of Tribes, edição Blue Note, de 2005.
Para quem goste de Jazz, uma obra deliciosa.
Marsalis no seu melhor. Com sonoridades que, sem apelo nem agravo, nos remetem para imagens e estórias dessa sua cidade natal, New Orleans, essa mesma que ainda não se refez da tormenta que por lá passou.
Coisas da memória, lembro-me de um espectáculo na Sala da Assembleia Geral da ONU em que Wynton “dialogava” ao trompete com Luciano Pavarotti. Momentos de que não se desfruta todos os dias... Também me lembro que o mesmo Wynton foi um dos que ajudaram o Presidente Clinton a levar a bom termo, em 1998, as “Millenium Evenings at the White House”, justamente animando a sessão intitulada, nem mais, nem menos “Jazz: an expression of Democracy”. A força com que o Jazz soou a partir da Casa Branca!... Esta era então dirigida por um homem muito ligado a esta “nossa” música, sendo que as origens dessa ligação são relatadas pelo próprio Bill Clinton na sua obra autobiográfica, “My life”. Cabe recordar, é também Marsalis o Director Artístico da respeitável
Lincoln Center Jazz Orchestra.
Enfim, todo este muito pouco para tentar dizer que estou a falar de um Grande Senhor.
Tal como o título de um outro magnífico álbum dele, editado em 2002 pela Sony, concluo assim: “All Rise!”.

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